Por que a semana do meio ambiente é importante?
Há 50 anos acontecia, em Estocolmo, na Suécia, a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. Considerada como a primeira cúpula ambiental global, a conferência consolidou, entre outros importantes marcos, a ideia de criar um Dia Mundial do Meio Ambiente.
A primeira celebração ocorreu dois anos depois, em 1974. Desde então, o evento anual, que acontece sempre no dia 5 de junho, ajudou a exaltar o planeta e a destacar os perigos que ele enfrenta. Especialistas dizem que isso também impulsionou mudanças, ajudando na criação de tratados globais que abrangem várias agendas, desde poluição plástica até desperdício de alimentos.
O Dia Mundial do Meio Ambiente surgiu em um momento de crescente preocupação com o impacto da humanidade no planeta. Uma série de desastres ambientais na década de 1960 – desde secas e desmoronamento de minas até poluição e envenenamento em massa de peixes – aumentou a conscientização sobre a fragilidade do meio ambiente. Essa fragilidade foi ilustrada pela icônica foto da Terra chamada "Earthrise", de 1972, tirada pela missão Apollo 8 - a primeira foto colorida do nosso planeta vista do espaço.
A cada ano, a data foi engajando a sociedade civil e autoridades, além de registrar um importante aumento no número de pessoas participando online das comemorações..
O Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano marca a 49ª vez que o Dia Mundial do Meio Ambiente foi celebrado, e encontra o planeta enfrentando uma tripla crise de mudanças climáticas, perda de natureza e biodiversidade, e, poluição e resíduos. À medida que essas crises se tornaram mais agudas, a mensagem deste dia torna-se mais urgente.
O tema deste ano – #UmaSóTerra – reflete o tema do primeiro Dia Mundial do Meio Ambiente em 1973. Ele pede uma ação coletiva e transformadora em escala global para celebrar, proteger e restaurar o nosso planeta. Indivíduos, comunidades, sociedade civil, empresas e governos de todo o mundo celebraram o Dia Mundial do Meio Ambiente nas comemorações oficiais em Estocolmo, na Suécia, o anfitrião do evento, que também anunciou a proibição de emitir novas licenças nacionais para a extração de carvão, petróleo e gás natural que passará a vigorar a partir de 1º de julho deste ano no intuito de proteger as pessoas e o planeta.
Ao anunciar a proibição nas comemorações oficiais do Dia Mundial do Meio Ambiente, a Ministra do Clima e Meio Ambiente da Suécia, Annika Strandhäll, afirmou que: “Criar os empregos verdes do futuro acelerando a transição climática é uma das principais prioridades do governo sueco. Como parte de nossos esforços para implementar nossas ambições climáticas, devemos tomar medidas contra atividades que tenham um impacto negativo em nossa saúde e meio ambiente”.
“Nossa mensagem para a comunidade global é clara. Os vencedores da corrida global serão aqueles que acelerarem a transição, não os que ficarem para trás e se apegarem à dependência de combustíveis fósseis”, acrescentou.
Dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo participaram de conversas globais nas mídias sociais exigindo ações urgentes para conservar e restaurar o meio ambiente. Dezenas de milhares também organizaram suas próprias atividades, incluindo o plantio de milhões de árvores, mutirões de limpeza de lixo e ações para destacar que temos #UmaSóTerra e precisamos cuidar dela.
“Há cinquenta anos, as lideranças mundiais se reuniram na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano e se comprometeram a proteger o planeta. Mas estamos longe de conseguir. Não podemos mais ignorar os alarmes que soam mais alto a cada dia”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em sua mensagem para o Dia Mundial do Meio Ambiente.
“O recente encontro internacional de meio ambiente Estocolmo+50 reiterou que todos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) dependem de um planeta saudável”, acrescentou. “Todos e todas devemos assumir a responsabilidade de evitar a catástrofe causada pela tripla crise de mudança climática, poluição e perda de biodiversidade”.
O evento oficial, realizado no Tekniska Museet em Estocolmo, incluiu uma discussão entre representantes da juventude, a ministra Strandhäll e Inger Andersen, Diretora Executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
“A tripla crise planetária está se acelerando, e por quê? Porque consumimos 1,7 planetas por ano. Temos apenas uma Terra. Temos que aceitar que não estamos fazendo o suficiente para protegê-la”, disse no evento. “Estou diante de vocês porque temos que fazer melhor. Nós sabemos o que fazer. A ciência nos disse que temos que acabar com os combustíveis fósseis. Temos que restaurar a natureza em toda a sua glória. Temos que transformar nossos sistemas alimentares. Temos que tornar nossas cidades verdes”.
Em todo o mundo, países e comunidades agiram no Dia Mundial do Meio Ambiente para fazer uma diferença real. Lideranças religiosas se uniram para assinar um apelo histórico sobre finanças responsáveis pelo clima, se comprometendo a se envolver a partir de agora somente com instituições financeiras alinhadas ao objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a 1,5°C.
Saiba mais em
https://brasil.un.org e
https://www.unep.org
